segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


A Malhação ID  abordava um mundo complexo e pouco desconhecido, é o mundo do Alê, personagem assexual vivido pelo ator William Barbier.
Resolvi então pesquisar um pouco mais sobre a HSDD ou Desordem do Desejo Sexual Hipoativo para apresentar a vocês.
O que é a assexualidade?
Alfred Kinsey originalmente definiu o grupo que ele nomeou assexuais como pessoas que não possuíam atração sexual por outras pessoas. É importante entender que aqui o sentido do termo “atração sexual” é o mesmo de interesse ou desejo. Assim assexual é quem não tem atração/interesse/desejo sexual por outras pessoas.
Confusão no Comportamento Assexual
Acreditava-se que alguém (preferencialmente homem) que não sentia desejo sexual outras pessoas era doente. E esta doença estava em alguma parte do seu corpo já que a mente sempre foi tratada como algo que transcende o corpo em suas pulsões e desejos. A grande maioria das doenças altera nossa comportamento de alguma forma. Por isso as pessoas (quando ainda achavam que assexualidade era uma doença) viam os assexuais com perfis estereotipados bem característicos: anti-sociais,  afeminados,  rudes,  indelicados,  desafetivos,  entre outros.
Entenda melhor os indivíduos assexuados acessando o www.assexualidade.com.br
Aí você se pergunta, e isso é tão comum assim? Bem… vamos às estatísticas…
Três quartos dos pacientes que procuram o Centro de Medicina Sexual da Universidade de Boston não sentem qualquer desejo sexual, diz Irwin Goldstein, diretor da instituição, que também é editor do periódico “The Journal of Sexual Medicine”. “Chamamos isso de desordem do desejo sexual hipoativo (HSDD, na sigla em inglês)”, explica ele. Porém, a falta de interesse por sexo não é necessariamente uma desordem ou sequer um problema. A não ser, apressa-se a acrescentar Goldstein, que isso cause sofrimento, ao, por exemplo, causar conflitos no casamento ou na relação amorosa.
Em 2004, o psicólogo canadense Anthony Bogaert analisou uma pesquisa feita com 18 mil britânicos e chegou à conclusão de que 44% das pessoas que não tinham interesse em sexo estavam casadas, viviam com parceiros ou já haviam passado por uma das opções. Porém, o estudo mostra que até 1,1% dos adultos podem ser assexuais ou não ter atração sexual duradoura.
No Brasil, o Projeto Sexualidade desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP) realizou uma pesquisa com sete mil pessoas e foi descoberto que 7,7% das mulheres e 2,5% dos homens não fazem sexo e não sentem falta de fazer.
Certo ou errado?
Pode-se pensar que ao evitar o sexo e todas as emoções e responsabilidades que o acompanham, sem falar dos riscos à saúde, os assexuados podem ter uma vida comparativamente mais fácil.
“Mas creio que nós trocamos tudo isso por um tipo diferente de problema”, diz Jay. “O sexo é peça central da vida de várias formas, e um dos verdadeiros desafios para quem é assexuado (lê-se assexual) é tentar descobrir onde se encaixar”.
Leia outros depoimentos no HSDD – Pessoas Assexuadas
A comunidade no Orkut: Assexual, assexuais – sobre, atualmente com 221 membros descreve:
Há vários tipos indivíduos assexuais. Podendo ser divididos por grupos: um grupo A tem direção sexual, mas sem atração romântica, um grupo B tem atração romântica mas não tem direção sexual, um do grupo C tem ambos, e o grupo D, nenhum.
#FicaDica
Com frequência recebemos projetos de Sexualidade desenvolvidos em nossas escolas estaduais. Que tal acrescentar uma discussão sobre os indivíduos assexuais? O comportamento e os problemas vivenciados por essas pessoas poderão  servir de análise, bem como descoberta para nossos jovens.




Nenhum comentário:

Postar um comentário